A Polícia Militar divulgou na manhã desta terça-feira (01), um relatório sobre o atendimento ao caso de agressão contra uma criança na noite de ontem, segunda-feira (31), em Cascavel. Segundo os registros, a equipe policial foi acionada para atender a uma situação de agressão no bairro Rivera, onde uma menor estava sendo espancada pela própria mãe.
Ao chegar ao local, os policiais ouviram choros vindos de dentro da residência. Ao se identificarem e adentrarem ao terreno, a mãe apareceu na porta, alegando que a equipe não poderia entrar na casa. No entanto, ao questioná-la sobre o paradeiro da criança, a mulher não respondeu.
A equipe policial, então, decidiu entrar na casa, onde localizou a menor atrás de uma porta, chorando, sem calças e molhada. A criança apresentava hematomas por todo o corpo, incluindo pernas, braços, rosto e costas, além de um inchaço no dedo, com suspeita de fratura.
A equipe acionou o SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), que realizou os primeiros atendimentos à pequena vítima. Em conversa com os policiais, a menor relatou que um namorado de sua mãe a agride constantemente, inclusive a sufoca com as mãos no pescoço, e que sua mãe não toma nenhuma atitude para impedir.
A criança também relatou que sua mãe a agride com chinelos, socos e batendo sua cabeça na parede. Além disso, ela afirmou que sempre vai à escola com roupas compridas, mesmo em dias de calor, para esconder os machucados.
A menor ainda informou que sempre há homens diferentes na residência, que fazem uso de bebidas alcoólicas e drogas na sua presença e da irmã. Vizinhos confirmaram que os gritos e choros são recorrentes e diários.
A residência estava em condições insalubres, com lixo e roupas sujas espalhadas por toda a casa, inclusive comida estragada. Outra criança de 10 meses, filha da agressora, também estava no local e foi encaminhada ao Recanto da Criança.
A mãe, que confirmou o uso de entorpecentes como cocaína e maconha, foi presa e encaminhada à Décima Central de Flagrantes. A menor agredida foi conduzida à UPA Veneza para atendimento médico, ficando sob tutela de uma assistente social. O Conselho Tutelar foi acionado para as demais medidas cabíveis.
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