Um idoso de 78 anos foi vítima de um golpe sofisticado dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal, em Cascavel, neste sábado (19). Ele teve R$ 7.140 furtados após cair no chamado “Golpe do 0800”, prática criminosa que tem se tornado cada vez mais comum no país.
Segundo a família da vítima, tudo aconteceu por volta das 9h, quando o idoso foi até um caixa eletrônico da agência para realizar uma operação bancária. No entanto, o equipamento apresentava algum tipo de bloqueio. Sem conseguir retirar o cartão, ele viu um adesivo colado no caixa com um número 0800, supostamente da central de atendimento, e ligou.
Do outro lado da linha, os golpistas se passaram por atendentes da instituição financeira. Eles orientaram o idoso a sair da agência e “dar alguns passos” para que o suposto atendimento remoto funcionasse. Enquanto ele estava do lado de fora, os criminosos agiram.
Em uma segunda etapa da fraude, os golpistas pediram que o idoso inserisse outro cartão — desta vez, do banco Bradesco. Quando ele saiu novamente da agência, o equipamento que travava o primeiro cartão foi removido e ambos os cartões desapareceram.
De acordo com a neta da vítima, que conversou com a reportagem da CGN, os criminosos realizaram quatro operações e conseguiram sacar um total de R$ 7.140. A família só conseguiu bloquear os cartões posteriormente, quando já era tarde demais.
A principal suspeita é de que os golpistas estivessem dentro da agência no momento da ação, observando e agindo com rapidez enquanto mantinham o idoso distraído ao telefone.
A neta pede que a Polícia Civil investigue o número utilizado pelos criminosos, com a esperança de que parte do prejuízo possa ser recuperado.
Especialistas em segurança alertam que o uso de números 0800 por golpistas tem aumentado, já que esse tipo de contato passa uma falsa sensação de credibilidade às vítimas. A recomendação é jamais confiar em adesivos colados em caixas eletrônicos e, em caso de qualquer problema, procurar diretamente um funcionário da agência ou utilizar canais oficiais verificados.
A Caixa Econômica Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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